quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Buenos Aires pra nunca mais - 1º dia




Como alguns de vocês leitores deste blog já sabem, passei alguns poucos dias em Buenos Aires, acredito que seja a capital mais famosa da América do Sul, juro que não entendi o porquê disto...
Vamos a minha saga, utilizarei palavras de baixo calão, pois não tem como se expressar corretamente sobre esta viajem sem antes dizer como tomei no rabo do começo ao fim...
Primeiro que só fui pra lá porque ganhei as passagens com hospedagem, é claro que não tinha me ligado que não rolava traslado, mas aí conto daqui a pouco.
Ao chegar no aeroporto internacional de Guarulhos fui fazer o famoso câmbio, ou seja, trocar Real por Pesos, chegando no banco Safra, estava R$ 0,85 um peso e teria que pagar 5 dólares pela transação, a pessoa que estava comigo não parava de repetir, deixa pra fazer o câmbio lá, é muito mais barato blá blá blá e resolvi fazer isso, chegando lá paguei R$ 1,04 no peso, minha primeira tomada no rabo, afinal, pra argentino nenhum a moeda ridícula deles vale menos que a nossa, isso nunca!
Revoltada, fui atrás do traslado que é claro, não existe!
Pague 100 pesos na corrida de táxi até o hotel.
Chegando ao hotel, deixei minha mala e fui dar uma volta pela cidade que a primeira impressão foi bacana, já na primeira esquina tinha um casal dançando elegantemente um tango, e é claro, um chapéu correndo em buscar das gorjetas, como ainda estava com o espírito desarmado, dei 2 pesos, andei pela famosa Florida e pela Lavalle que mais parece a Rua São Bento ou a 7 de abril aqui de Sampa em relação a arquitetura e a Oscar Freire em relação as lojas, enfim, não tem NADA demais.
Resolvi aproveitar que ainda era cedo e começar a conhecer os pontos turísticos indicados pelos conhecidos daqui que só faltaram acender uma vela quando lhes disse que iria a Buenos Aires, portanto, resolvi ir a Puerto Madero, aí descobri como argentino ODEIA, DETESTA, ABOMINA fornecer informações, após conseguir que uma quase boa alma me falasse como ir pra lá andei feito um burro de carga, estava com fome e não queria gastar muito, os 100 pesos do táxi não me saia da memória, entrei em uma lojinha de conveniência do posto de gasolina chamada Full, minha segunda terceira tomada de rabo, peguei um pão que mais parecia uma torrada com uma fatia de lingüiça calabresa cortada de comprido era exatamente isso o “lanche” que vinha com um suco de laranja industrializado horrível = 17 pesos, caraca! R$ 17,68 numa porcaria dessas, aff!
Comi, afinal, estava mesmo com fome e revoltada, eu segui adiante em minha caminha por um lugar horrível que parece a região do parque D. Pedro até que cheguei ao canal do Rio Del Prata, bonito ali, já que estava, resolvi ir ao tal do Cassino flutuante, andei uns 4 quilômetros até chegar lá, no meio do caminho tinha uma fragata bem interessante que vi que era como um museu, resolvi entrar, mas tinha que pagar e ainda estava engasgada com os 17 pesos do pão duro, não entrei, segui rumo ao tal cassino que de verdade, não tem NADA DEMAIS, um barcão de 4 andares aonde todo mundo fuma incessantemente rodeado de máquinas de cata níquel e um andar com mesas de pôquer, pedi uma soda, estava com sede e não quis arriscar tomar um suco ali e me assustar com o valor, 8 pesos senhora, QUE? R$ 8,32 uma latinha de refrigerante? Sim, eles nos roubam sem armas, sem sorrisos, sem culpa! Olha, normalmente não agüento tomar uma lata inteira de refrigerante, aquela eu tomei, saí do cassino com ela na mão, queria levá-la embora, foi o refri mais caro de minha vida, pensei: Será que teria pagado isso se estivesse em Lãs Vegas? Bom, resolvi jogar, enfiei 10 pesos numa máquina que entendi como se jogava, em menos de 3 minutos estava eu com minha latinha de soda 10 pesos menos rica. Resolvi sai daquele lugar, o cheiro de cigarro é insuportável, e pior para uma ex-fumante... Resolvi pegar um táxi, afinal, não ia ter como voltar, minhas pernas doíam e era longe... Peguei um motorista muito louco uruguaio, falei de minha revolta, ele falou que ia me levar pelo caminho mais curto e que eu me preparasse pq era verão e no verão as coisas funcionavam daquele jeito, como diria a baratinha: Me lasquei toda! Meu táxi deu 25 pesos, desci na Florida com minha latinha em punhos e fui para o hotel.
Isso valeu a pena, um banho demorado de banheira que não tinha o tampão, mas inventei um com a touca de banho, fiquei ali mais de uma hora, já pensando como eu odiava os argentinos e a capital deles e cara deles e tudo que eles significavam.
Passei na recepção, reservei o famoso Senhor Tango para a noite seguinte, cometi a insanidade de não perguntar o valor e sai para jantar, afinal, aquela torrada com ¼ de lingüiça já tinha ido pro saco mesmo...
Resolvi que era hora de provar a tão famosa carne argentina, entrei em um restaurante na Rua Florida, não sem antes passar os olhos no cardápio que fica exposto na entrada, vi que não era nada absurdo e que eu merecia algo decente depois daquele longo e cansativo dia, pedi o tal bife de corte de chouriço o qual você escolhe o acompanhamento, “ensalada ou papas fritas” (salada ou batatas fritas), escolhi salada e lá veio aquele contra filé cortado mais grossinho acompanhado de um pratinho com umas folhinhas de alface e três rodelas de tomate, tomei dois chopes Quilmes que garanto, é ótimo, paguei 37 pesos que comparado ao pão duro da tarde, foi uma bagatela, voltei ao hotel, deitei e dormi.
Meu primeiro dia em Buenos Aires = 199 pesos e 1 peso na consciência.
Juro que amanhã, eu posto meu segundo dia na capital dos hermanos.

5 comentários:

Rica Passaro disse...

Argentinos, vão todas a lá mierda!

Monique disse...

Caraca hein amiga, você não curtiu messsssssssssmo rsrsrs, mas valew conhecer neh, tudo vale como experiência...Bjussssssss

Claudia Midori disse...

E os demais dias?

André disse...

te enrolaram no cambio mesmo. comprar aqui é bem mais vantajoso. além disso, deverias ter levado dólar. quando fizesse o cambio, poderia ser num restaurante por exemplo, paga em dolar e pega o troco em peso. é beeeeeeem mais vantajoso e não te enrolam. OK. Chegando lá, no guichê de informações turisticas do aeroporto (que provavelmente estava fechado) tinha UM MAPA DA CIDADE! com ruas, pontos turisticos, linhas de metro, telefones uteis, etc. COm esse guia, você estava salva. foi isto que faltou. O taxi é aquilo ali mesmo. O negócio é sempre ir em 4 ou 5 pessoas, pra rachar o taxi. ai lave a pena. dentro da cidade, o metro custava alguns centavos e podias ir a praticamente qualquer ponto da cidade, menos no la boca, que vale a pena pagar o taxi, por conta dos trombadinhas. enfim, alguns detalhes estragaram sua viajem. uma pena, pq a cidade é muito legal.

André disse...

ah! esqueci de dizer que o mapa é em forma de folheto, voce pega e leva pro hotel, planeja seu dia e sai com o folheto na mao.