sexta-feira, 24 de julho de 2009

Como me tornei louco. Aconteceu assim:

Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas – as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas – e corri sem máscara pelas ruas cheias de gente gritando: “Ladrões, ladrões, malditos ladrões!”
Homens e mulheres riram de mim e alguns correram para casa, com medo de mim.
E quando cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado de uma casa gritou: “É um louco!” Olhei para cima, para vê-lo. O sol beijou pela primeira vez minha face nua.
Pela primeira vez, o sol beijava minha face nua, e minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais minhas máscaras. E, como num transe, gritei: “Benditos, benditos os ladrões que roubaram minhas máscaras!”
Assim me tornei louco.
E encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura: a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós. (Khalil Gibran)

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Sensacionalista ou Jornalista?

Eu já expus minha repulsa por jornalista, nem digo tanto, repulsa, porque alguns profissionais da área podem vestir a carapuça e achar que é pessoal. Mas, não existe raça mais F.D.P. do que esta, nem advogados são tão inescrupulosos.
Vejam agora o caso Michael Jackson, já falaram que o cara estava careca, cheio de remédios dentro do estomago, que os filhos não são dele, que ele odiava o pai, que se achava feio, que era um falido, que achava que ia fazer 10 shows quando na verdade eram 50, que a mãe ligou logo após sua morte para saber se o mesmo escondia dinheiro em casa, que ele era viciado em morfina, que era gay, pedófilo, esquizofrênico, hipocondríaco, e outras tantas fofocas, realidades e invenções, porém, todas com aspectos negativos. Michael Jackson foi um ícone desta geração, revolucionou o mundo da música, ensinou à indústria musical o que é clipe, trailers, danças... Fez todo mundo se interessar, pelo menos um pouco por música internacional. Lembro-me bem que eu não me interessava nem em ouvir músicas que não fossem cantadas em língua portuguesa quando comecei a me interessar por Michael Jackson, acredito que tenha sido assim com muito adolescentes da época.
Bom, fica aqui mais uma vez minha indignação com estes profissionais da área de comunicação que preferem uma queda de um avião lotado a um nascimento de sêxtuplos.
Agora que não precisa mais de diploma para ser jornalista, imagino o que virá pela frente...