quarta-feira, 25 de junho de 2008

Mais um adeus

Fiquei aqui perdida em pensamentos e então resolvi escrever, o tema hoje seria outro, porém, aconteceu algo muito chato, perdi uma amiga, daquelas amigas que nunca fomos grudadas até por ela morar em outra cidade (UF), mas, todas as vezes em que esteve em São Paulo, me ligou e fui encontrá-la nem que fosse por alguns minutos, uma cerveja, meia dúzia de palavras trocadas e pronto, já era alguma coisa.
Por que será que tem gente que conhecemos em imediatamente ocorre àquela empatia que nem sempre sentimos por familiares ou pessoas mais próximas não é mesmo? A isso damos o nome de amizade. E posso falar com toda certeza que a Vera foi uma amiga que passou, e como todo ser do bem, foi embora... Já diz o ditado: “Vaso ruim não quebra”. Aí eu penso, tem tanta gente que se partisse desta para melhor seria apenas um favor para o mundo, aí vem mais uma paulada.
Eu sempre me gabei de nunca ter perdido ninguém (pra morte), nem avós, nem amigos, ninguém! Aí perdi um dos seres que mais amava em minha vida, meu mano, de lá pra cá tenho visto algumas pessoas irem embora para o outro lado e essa sensação de vazio é muito estranha... Não sei explicar corretamente.
A Verinha era aquele ser humano completo, homem, mulher, criança, gente, gente do bem, não pensava em fazer mal a ninguém, desejava a felicidade, mesmo que para isso tivesse que passar por cima de preconceitos (e muitos) e deixar para trás toda uma sociedade hipócrita e infeliz, foi a primeira crossdresser que conheci, na verdade, a Vera ainda estava nascendo quando nos conhecemos na casa de uma amiga em comum em uma tarde de fondue e vinho regado a muitos risos, como já falei, empatia a primeira vista. Verinha, espero que este “outro lado” seja realmente melhor que este aqui.

Aproveitando a "deixa", lá se foi uma das melhores primeira-dama que tivemos, D. Ruth Cardoso, não sei se foi a melhor, mas foi uma que trabalhou mais e se preocupou menos com aplicação de botox ou coleção de calcinhas.
The End


P.S.: Crossdressers são pessoas que vestem roupas usualmente próprias do sexo oposto, sem que tal atitude interfira necessariamente em sua orientação sexual. Ou seja, uma pessoa crossdresser não necessariamente pautará sua orientação ou seu papel sexual em função desse seu fetiche por roupas do sexo oposto. Sendo assim, ele(a) pode ser heterossexual, homossexual ou bissexual.
Não utilizam
hormônios nem cirurgias plásticas para se assemelharem ao sexo oposto, o que os distingue de travestis e transgêneros, pois no dia-a-dia portam-se segundo seu sexo biológico. Em suma, ser crossdresser muitas vezes implica na satisfação eroto-fetichista em se vestir com roupas do sexo oposto. Em raros casos os crossdressers podem até fazer uso de hormônios para ter uma aparência mais feminina (ou masculina) variando de caso em caso. Os crossdressers autodenominam-se "CDs".

2 comentários:

Rica Passaro disse...

Há alguns perdi um grande amigo e sei bem oq é isso. Mas é a vida, temos que enfretar e saber levar....


bjo!

Monique disse...

Nossa, que notícia triste, a Verinha pelo que vc dizia era show, enfim, que ela esteje em paz onde estiver.....