Até quem não teve a melhor das infâncias sempre passou por um momento de nostalgia profunda, relembrando o quanto era bom algumas coisas simples da vida que hoje não são mais possíveis de fazer ou até são, mas se tornaria ridículo se o fizesse.
Pular corda, eu passava da hora que o Sol se punha até o fim da novela das oito (hora em que meu avô chamava para tomar banho e dormir) na rua pulando corda, hoje se eu pular cinco minutos, por favor, chama ambulância com tubo de oxigênio ok?!
Brincar de amarelinha (não sei como chama em sua região), mas na minha, aquele quadrado do 1 ao 10 que começava no Céu e terminava no Inferno chama-se amarelinha e ali também haja fôlego e equilíbrio para passar horas ali.
Imitar as Paquitas, Menudos, Polegar, ensaiar para ir ao show da Xuxa, Mara Maravilha, Silvio Santos participar da brincadeira do um, dois, três pim...
Brincar de bandido e mocinho, empinar pipa, jogar bolas de gude, jogar taco, pular de pogobol, brincar de cara-a-cara, War, batalha naval e Banco Imobiliário...
E aquelas brincadeiras que eram verdadeiras academias? Pega-pega, pique-esconde, elástico e fora os jogos: queimadas na rua, uma espécie de handbol que a idéia era acertar no meio do corpo do individuo do time adversário e nesse jogo eu me lembro como eu era boa viu!
Aquelas brincadeiras no papel ? Aparecia cada uma... Além das tradicionais como: forca, junte os pontos, stop, fora os testes de revista que cada um levava quando surgia.
Como era bom, a gente subia em qualquer lugar que desse na telha, entrava em tudo quanto era buraco, fazia cada uma... As vezes até sabia que não ia prestar e que uma surra poderia rolar, mas a aventura valia qualquer preço.
E pensar que nesta época a gente sonhava em poder viajar sozinho, dirigir nosso carro, morar sozinho, pagar nossas contas e não dar satisfação a ninguém, só não sabíamos o quanto éramos felizes.
“Ahhhh que saudade da minha infância querida, da aurora da minha vida, que os anos não trazem mais...”
“Ahhhh que saudade da minha infância querida, da aurora da minha vida, que os anos não trazem mais...”